Pois é, não sei se pelo fato da rádio difusão ser contemporânea do mestre Lupicínio Rodrigues, ambos do século XX, no município de Glória-BA, precisamente no espaço que compreende a prefeitura e a Câmara Municipal (mas há quem garanta ir também a outras partes da administração), o som da potente gloriense não contempla os MCs da vida, segue na boca miúda dos ‘parceiros’ o sucesso do momento:
‘/Eu gostei tanto/ tanto/ quando me contaram/ que o encontraram chorando e bebendo na mesa de um bar/…’
Se o amigo que me ler neste momento, já curtiu uma paixão ou pior: uma desilusão política, sabe com que sabor se canta isto:
″/Mas enquanto houver força em meu peito/ eu não quero mais nada/ só vingança/ vingança/ vingança/ aos santos clamar/ você há de rolar como as pedras que rolam na estrada/ sem ter nunca um cantinho de seu/ para poder descansar/″
Alguém há de me questionar: mas em tão pouco tempo, já existe este clima tão pesado nos arredores?, sim, e apesar de toda genialidade de Lupicínio – me perdoem se também sou desse tempo e não recorro a algo mais moderno – ele não dá conta da fúria dos aliados. Em Glória, a coisa é instantânea.
Se o prefeito David Cavalcanti (PP) vai conseguir equilibrar-se entre os tantos pedidos, súplicas e ódio só o tempo vai mostrar. Por enquanto, o que rola é isso:
″/O remorso talvez seja a causa do seu desespero/ você deve está bem consciente do que praticou/…’
Na próxima terça-feira (14), recomeçam os trabalhos na Câmara Municipal, então vamos ver se viram o disco.