Na manhã deste sábado (25), o fotógrafo Rogério Rocha gravou um vídeo e publicou nas redes sociais para denunciar a falta de segurança pública em algumas localidades de Paulo Afonso. O profissional afirmou que por muito pouco não foi assaltado hoje por dois indivíduos enquanto fazia uma caminhada.
Visivelmente revoltado, Rogerinho como também é conhecido, fez um desabafo e cobrou a presença dos agentes que fazem a Guarda Civil Municipal (GCM) e a Polícia em Paulo Afonso.
“Trabalho com fotografia, às vezes vou para uma praça, vou para o balneário, vou para o boi e a cobra, para o Belvedere, não vejo um guarda municipal, não vejo uma polícia lá. Estava agora lá dois vagabundos quase me assaltam…Eu procurei um e não encontrei… A gente trabalha com câmera cara, com equipamento caro…Cadê a guarda municipal, cadê a polícia?”, questionou indignado Rogério.
Resposta sincerona do comando da Guarda Civil Municipal
O @sitepa4 entrou em contato com o comandante da GCM, Anderson Andrade, que nos passou um texto sobre as condições de trabalho de sua equipe. O relato trata-se da resposta enviada ao fotógrafo. O comandante disse que respeitava a indignação de Rogerinho e não negou a necessidade de uma série de medidas e investimentos que precisam ser feitos para fortalecer a corporação, e consequentemente, melhorar os serviços de segurança pública municipal.
Andrade afirmou que a GCM tem hoje um efetivo de 52 guardas, desses, 10 (dez) trabalham no sistema de videomonitoramento da cidade, 5 (cinco) atuam no administrativo, 2 (dois) no posto da prefeitura, 1 (um) na ouvidoria e 26 que trabalham em duas viaturas.
“Diariamente temos apenas 7 (sete) homens para trabalhar numa cidade que tem 120 mil habitantes […] É necessário que o senhor entenda que, se não houver o devido investimento como concurso público para aumentar o efetivo da GCM, melhor aparelhagem, capacitação continuada, e o devido armamento, infelizmente teremos uma instituição fragilizada”, informou…
Assista ao vídeo
Veja abaixo a íntegra da resposta do comandante Andrade:
“Vamos a situação que o nobre cidadão está relatando, e por ter citado a GCM devemos esclarecer alguns pontos. Diante mão respeitamos a sua indignação.
É necessário primeiro entender a estrutura e funcionamento da instituição, qual o seu efetivo? Qual a aparelhagem que a mesma usa para te oferecer segurança? A GCM hoje tem um efetivo de 52 GCMs, desses 52, 10 trabalham no sistema de Videomonitoramento da cidade, 5 trabalham no administrativo, 2 no posto da prefeitura municipal, 1 na ouvidoria e 26 que trabalham em duas viaturas. Diariamente temos apenas 7 homens para trabalhar numa cidade que tem 120 mil habitantes. 7 homens diários para atender a todas as solicitações de apoio de todas as secretarias da Prefeitura. 7 homens para fazer todo o patrulhamento preventivo no território municipal, com paradas em diversos pontos da cidade, praças, logradouros e onde a prefeitura presta algum tipo de serviço. Esses 7 homens que trabalham nessas duas viaturas, para o seu conhecimento e dos demais Pauloafonsinos, trabalham desarmados, aí lhe faço uma simples pergunta com o objetivo de refletirmos. Como a GCM pode te dar a devida segurança sem ter meios para a sua própria segurança? Enfatizamos que temos empatia no seu desabafo, e não tenha dúvidas de que lutamos diariamente para ter uma segurança pública básica (Municipal) melhor para toda a sociedade.
É necessário que o senhor entenda que, se não houver o devido investimento como concurso público para aumentar o efetivo da GCM, melhor aparelhagem, capacitação continuada, e o devido armamento, infelizmente teremos uma instituição fragilizada. Vale salientar que mesmo com essas dificuldades, a GCM tem mostrado um trabalho de Excelência com os meios que lhe são dados, e afirmamos que não são meios suficientes para o exercício da função. Nos colocamos a disposição para se assim desejar, nos fazer uma visita e assim podermos pessoalmente lhe explicar a dinâmica do nosso serviço. Aceitamos tal cobrança, mas sugerimos ao nobre cidadão que cobre do poder legislativo e do poder executivo a reformar administrativa da GCM z que perpassa justamente pelos pontos que citamos acima.”