27 de julho de 2025

28 de julho – Viva Paulo Afonso, viva você

Por

Francisco Nery Júnior / REDAÇÃO - PA4.COM.BR

Francisco Nery Júnior

 

E viva nossa cidade, inteira e da Bahia, que caminha célere para o centenário. Viva você, pagador inveterado de impostos fundamentais para as intervenções dos administradores , criteriosas ou não. Paulo Afonso inteira, indivisível, com suas usinas e seus encantos, parceira renitente da cachoeira agora sem água por descaso de nós todos para com a nossa galinha dos ovos de ouro que é o São Francisco. Que custaria aos parceiros ribeirinhos manter as matas ciliares com o plantio de uma simples mud[inha] de árvore? O que poderia custar a nós outros, citadinos, o plantio de uma tenra e promissora muda de árvore?

 

Vinte e oito de julho! Temos a nossa data. Temos data, temos hino e temos tudo. Podemos ser felizes. Alguma coisa melhor do que ser feliz? Temos até um herói. Abel Barbosa e Silva é o nosso herói. Todos somos, mas Abel é, indiscutivelmente, o nosso herói. Abel enfrentou, com bandeira e tudo, a poderosa Chesf dos tempos da implantação. A turma ainda não tinha a noção que [ela] era um parceiro importante que estava chegando. Os tempos também eram outros e não devemos nos esquecer que a Companhia Hidroelétrica do São Francisco nos paga impostos e royalties; o que, entretanto, não apaga da nossa mente o heroísmo de Abel.

 

Foi oportuno, tocante mesmo, a visita do atual prefeito ao velho e decano alcaide. Abel foi, sem sombra de dúvida, um bom prefeito. Não sabemos exatamente o alcance da sua visão, mas a consolidação da cidade se deve em grande parte à política de concessões da sua administração. Terrenos e áreas concedidas dentro, à vista de quem escreve, da lei, não eram vistos como os vemos hoje. Para a maioria de nós outros, Paulo Afonso iria acabar dentro de pouco tempo. Abel, velhinho, chinelo em baixo da simples mesa de um quarto de celibatário, contempla, realizado, a Paulo Afonso dos seus sonhos – dos nossos também.

 

Para tentar eliminar algum possível foco de resistência, podemos lembrar que a bíblia afirma que não há amor maior do que aquele dos que dão a vida pelo próximo. Os tempos eram duros e Abel poderia ter morrido. Poderia ter sumido na vasta área do sertão nordestino. Veio, viu, [resistiu], e venceu.

 

A cidade vibra. Cresce e resiste à crise renitente de um Brasil que incompreensivelmente não vai pra frente. Temos qualidade de vida. Acho que ainda não temos favelas. Ainda nos falta uma nova ponte, uma ciclovia e uma UTI. Falta acesso decente para a zona rural. Faltam pequenas coisas outras. Não cremos nós – e devemos resistir à ideia – que vá acontecer algum tipo de desmantelamento da Chesf. Ela é nossa e todos a amamos. Por que aceitar um divórcio?  Os laços da Chesf com Paulo Afonso são indissolúveis.

 

Amenos então a nossa cidade. Que a amemos sem desprezar os outros. Amar a nós mesmos e desprezar todos os outros, principalmente os do nosso entorno, é desprezível. Anula os efeitos do nosso amor.

 

E para manter o espírito de 28 de julho, não importando ser você, leitor, é um soldado de polícia, cuidador de idosos, professor, enfermeiro ou garçom, do programa de televisão: “Seja como um abacaxi. Mantenha-se sempre em pé. Use sempre uma coroa e seja doce por dentro.”

 

 

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