Ela não é mais uma debutante. Foi com o professor Antônio Galdino. Agora ela é uma adolescente com a doutora Maria Gorette neste percurso de dezesseis anos desde que fundada pelos colegas imortais visionários.
A Academia de Letras de Paulo Afonso se aproxima da maturidade. Imagina-se celeiro de ideias e berço de cultura. Procura interagir com a comunidade que supõe receptiva. Pesquisa os luminares da cultura nacional e os expoentes da cena internacional à procura de fórmulas testadas em benefício da nossa comunidade. Sabe ser a cultura fator de desenvolvimento. E [ardentemente] almeja a reciprocidade. Feliz a nação que reverencia e ouve as suas cabeças pensantes. Sábios os seus cidadãos. Prudentes os seus governantes.
Nova diretoria empossada, presidente Maria Gorette firme no leme, aconteceu a reunião de entrosamento e socialização em razão dos dezesseis anos da academia. O local foi o Palácio Raso da Catarina, primeira sede da Prefeitura Municipal de Paulo Afonso, cedido à ALPA por iniciativa do Chefe do Executivo do município, cessão consolidada em lei aprovada pela Câmara Municipal (Lei Municipal Nº 1.455/2020 aprovada por todos os vereadores e sancionada pelo prefeito Luiz Barbosa de Deus em 27/10/2020).
Os imortais se fizeram presentes. A exceção foram os que trabalham à noite, mormente em nossas instituições de ensino, os membros correspondentes que moram fora de Paulo Afonso e os que, cansados da [longa] caminhada da vida, impossibilitados por algum mal eventual, curtiam o merecido descanso, presentes porém em espírito.
Como é bendito o que semeia, bendita a ALPA que inspirou o imortal Marcos Antônio a fundar a Academia de Letras de Santa Brígida. E Marcos veio acompanhado de algumas crianças, potenciais futuras imortais. Elas, como também estudantes da nossa Rede Municipal de Ensino, nos apresentaram algumas produções literárias que ouvimos, acompanhamos com atenção e aplaudimos.
Temos certeza que não muito distante estaremos a descrever para os leitores a reunião de comemoração da maioridade da nossa academia, madura, firmada, irreversível e produtiva – este articulista ou o sucessor da cadeira número dezoito da Academia de Letras de Paulo Afonso.
Francisco Nery Júnior
Cadeira nº 18