
Elas são Jovelina e Socorro Mendonça. Amigas não que as outras acadêmicas não sejam. São. Mas temos que resumir. Isto é uma crônica. Nelas duas, o amor de nós outros para elas. Elas merecem, pessoal. Não nos referimos a louvação. Queremos dizer amor original e reconhecimento.
Discussões, debates e trabalho. Crescem as tensões e Jovelina se põe a cantar. Santo e bendito remédio. A tensões se dissipam e reina, de novo, a concórdia. Não, não leitor também amante da paz, não somos uma rinha de galo. Calma que não há brigas nem discórdia inútil. Há debate em um grupo de quem, a mim a coisa assim se apresenta, o objetivo é servir a toda a comunidade sem, todavia, desservir-se a si mesmo.
E a voz de Jovelina é maviosa. Vem da alma. Sai dos pulmões tendo passado primeiro pela alma. Bendita voz, bendito o cântico, nobre o louvor. Ela canta para os que têm ouvidos para ouvir, eles, todos os leitores desta coluna e deste site. Excesso de louvação? Talvez. Também, com Otta ao meu lado, assessor fiel e constante, a cacatua da vizinha a banhar os ouvidos de esperança, os cachorros da rua – na verdade já nos pertencem – dois deles enjeitados do portão para fora, a latir o latido da presença nos garantindo a segurança que o Estado mal pode fornecer; também, pudera! Haja dureza; haja secura. Melhor, não haja!
E agora Socorro Mendonça – com o seu fiel guarda (não disse cão de guarda e ele sabe quem é). Somos dois cães de guarda de quem vale a pena guardar. E ela, bem guardada, se joga a si mesma no apoio à Academia de Letras de Paulo Afonso de corpo e alma. Ela faz questão de ser dócil. Transborda como carece transbordar no Amor; amor com letra maiúscula.
E chega e basta, antes que o tribunal ad hoc competente da Santa Sé bata à minha porta para o início do processo de canonização das duas, com o meu voto e o meu testemunho. O milagre das duas? Semear o amor e a paz num mundo reticente à verdade, rebelde às coisas eternas, mais amante das notícias chocantes que das boas novas da fraternidade.
Francisco Nery Júnior