Lideranças divergem sobre reunião com Embasa. ‘Ela acredita ter os votos garantidos’ dispara Alexandre

Representantes da Embasa, deixaram os vereadores de Paulo Afonso, na sessão ordinária desta segunda-feira (24), com a ‘cara de tacho’ como se diz no popular, depois de cancelar presença na reunião. Note-se que o convite fora encaminhado há quase um mês.

Por ser de grande interesse da população a sua NÃO continuação do serviço prestado à Paulo Afonso, a Câmara ficou repleta, vereadores estudaram bem como iriam pegá-los pelos pés, porém, pela segunda vez (já aconteceu em outra legislatura), os representantes da empresa campeã de reclamações, deram cano!, em bom português: remarcaram.

Reunião remarcada, sem público, nesta terça-feira (25)

Por óbvio que os vereadores ficaram contrariados com esse cancelamento, e os da oposição simplesmente já avisaram que não vão comparecer. O líder do governo, Jean Roubert (PTB), aparteou o colega Antônio Alexandre (PMDB), e disse que a presença da oposição era importante, pediu que o colega revisse a decisão:

″A sua presença aqui é importante (…) é importante que todos nós estejamos aqui, porque é um momento de discussão, de enfrentamento de assuntos colocados″, pediu Jean.

Alexandre ironizou: ″Olha nobre, o interesse é da Embasa, se ela não tem o interesse de cumprir um compromisso com esta Casa (…) se ela não tem essa preocupação, é porque acha que tem votos garantidos para sua renovação.″

Atenção: Antes de ser aparteado, o líder da minoria insinuou que o povo pode levar um tremendo golpe:

″(…) a Casa não deve dar essa renovação à Embasa, porque ela só faz maldade à população, nós sabemos das ligações do governo municipal com o governo do Estado, e esperamos que este projeto não durma em berço esplêndido e tenha sua renovação automática.″

Não deixa de ser estranho, contudo, o fato da legislatura passada ter anunciado bem antes das eleições, precisamente no mês de abril, que a renovação chegaria à Câmara para ser votada naquele ano, como sem falta, e, um ano depois, ninguém viu a cara do PL.

Das duas uma: ou os vereadores da legislatura passada não sabiam onde tinham o nariz, ou há ‘algo podre no reino da Dinamarca’.