A novela da CPI da Covid de Paulo Afonso voltou a ser assunto na tribuna do vereador e líder da oposição na Câmara, Marconi Daniel (PV), durante sessão na Casa Legislativa nesta segunda-feira, 17. O parlamentar destacou que: “aqui na Câmara somos minoria, mas temos uma porcentagem alta de pessoas na cidade que querem a abertura da CPI da saúde”.
O parlamentar relembrou a luta em prol da abertura da CPI dizendo que: “temos uma série de denúncias são bem fundamentadas e provam que o dinheiro público foi para o ralo. Eu quero que a consultoria diga que tudo isso que estamos dizendo é balela. O fato é que isso corre desde 2020 e durante esse período eu nunca deixei de acreditar na Justiça. Não se brinca com justiça. Enquanto não se preparam, fica claro que não querem melhorias para o povo. Continuamos acreditando na legítima defesa do povo de Paulo Afonso”, afirmou.
Marconi falou sobre a decisão do juiz de Direto da 1ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Paulo Afonso, Cláudio Pantoja, proferida na última quinta-feira, 13, que determinou que no prazo de 24 horas, o Presidente da Câmara de Vereadores de Paulo Afonso, Zé de Abel, adote providências necessárias à criação e instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), visando apurar compras e contratações realizadas pela Prefeitura.
“A CPI tem que ser aberta em caráter de urgência pois o povo quer uma resposta. O presidente da Câmara, Zé de Abel, foi intimado hoje pela manhã pela Justiça e estamos na expectativa que todas as determinações sejam cumpridas no prazo de 24 horas”, disse Marconi.
O vereador relembrou que: “O preço da fraude da Covid custou a vida do povo pauloafonsino. Todos assistiram ao descaso de empresas vendendo mercadoria para na época da pandemia, e muito dessas empresas eram pet shop. Tivemos caso de empresa que forneceu equipamentos para a prefeitura e o endereço constava ser uma Igreja Universal. O município comprou ainda respiradores usados para beneficiar os seus. O fato é que a sentença está vigente, tendo multa diária de R$ 10 mil reais e não iremos aceitar que esse valor seja pago pelo município.
Caos na saúde
Ainda na tribuna, o vereador Marconi denunciou a desassistência prestada ao povo na saúde, tanto na área urbana, quanto na rural. “Espero que a Prefeitura olhe para os pais de família. Tem hospitais que falta além de fralda, falta também medicamento de alta complexibilidade. Está faltando assistência da cesta básica à pessoas soro positivo. Estive no Campos Novos e lá o povo passou a ser atendido em uma igreja devido as péssimas condições da UBS. Pediram a igreja emprestada por 15 dias, e lá se foram 2 meses. Prefeito traga de volta a dignidade do povo. Iremos continuar fiscalizando esses erros que impactam a vida do trabalhador de bem”, finalizou.