Foram décadas de espera por esse momento, mas o voo solo da Mulher-Maravilha finalmente estreia nesta quinta-feira (1) nos cinemas, impulsionado pela grande expectativa do público e uma chuva de elogios da crítica.
O longa já é considerado por parte da imprensa um dos melhores, senão o melhor filme já produzido pela DC Comics, que ano passado lançou o questionável Esquadrão Suicida e o controverso Batman vs Superman – A Origem da Justiça.

Os motivos para o sucesso antecipado de Mulher Maravilha são muitos, a começar pela escalação da protagonista, Gal Gadot. Apresentada rapidamente ao público ano passado, no longa estrelado por Ben Affleck e Henry Cavill, a atriz agradou. Carismática e feminina, ela conquista o espectador logo nas primeiras cenas, com sua Mulher-Maravilha que é uma mistura de doçura, personalidade forte e bom humor. A beleza inquestionável da atriz também está ali, mas é explorada com moderação. A diretora Patty Jenkins – e reiteramos aqui a importância de uma mulher no cargo de comando – fez questão de não sexualizar a personagem, que ao longo dos anos se tornou um símbolo importante do Girl Power.
Com pequenas incursões nos cinemas – em filmes como Triplo 9 e Velozes e Furiosos – Gal deu conta do recado com louvor nas cenas de ação e humor. Como ‘calcanhar de Aquiles’, talvez a dificuldade em dar mais densidade às cenas dramáticas, mas nada que comprometa o resultado final da obra.
Outro ponto positivo é que clima sombrio e lento de Batman vs Superman perde espaço para mais leveza e objetividade, a começar pelas cenas iniciais na paradisíaca Temiscira, terra das amazonas. O lado fantástico e mitológico da trama, bem como as pílulas de humor, ajudam a construir um roteiro que não se arrasta ao longo das 2h21 de filme, que conta a história da princesa amazona sem cansar o expectador. Chris Pine (Steve Trevor), par romântico de Diana, colabora com a veia cômica do filme, arrancando boas risadas do público tanto nos diálogos com a protagonista quanto nas cenas em que atua com sua trupe de atores de apoio.
As cenas de luta da heroína são de um enorme apuro estético e, somadas à trilha sonora eletrizante, dão aquela vontade de pausar e assistir várias vezes. É delicioso também poder ver Robin Wright em sequências de ação como a general amazona Antiope, especialmente para aqueles que estão acostumados a assisti-la como a sóbria e contida primeira-dama americana na série House of Cards.
Os poderes de Diana tomam forma ao longo do filme e conforme seus inimigos se apresentam , embora o roteiro tenha dificuldades em construir um vilão de peso, apelando pro recurso dos múltiplos personagens com essa característica. Nada disso compromete, entretanto, a história da Mulher-Maravilha, que ganhou uma versão digna e grandiosa como ela merecia, depois de tantos anos colocada em segundo plano e sendo ofuscada pelo brilho de outras estrelas da DC Comics – sem contar ainda a estrondosa popularidade dos personagens de sua principal concorrente, a Marvel, pioneira na adaptação de filmes de heróis.
È muito gostosa e gata!! hehe
Hummmmm delícia!