
Há naturalmente muita apatia na sociedade brasileira que destoa dos movimentos de rua registrados em 2013 em todo país, puxados, sobretudo, pelos jovens; após o impeachment de Dilma Rousseff, a coisa arrefeceu e as ruas estão vazias. Porém, os problemas se agravaram.
Contudo, cumpre observar que a presença do jovem na política não é importante apenas em manifestações estrondosas; mais preciosa seria a participação deles nas decisões cotidianas, acompanhando o básico, se inteirando de como se movimenta ‘ou não’ a classe política do município, para no momento em que tenha a responsabilidade de escolher seu representante não seja ludibriado, e possa agir com segurança e também saber cobrar.
Se bem reparado, os jovens ficam de fora inclusive das prioridades. Em Paulo Afonso, que se pretende um polo universitário não tem se quer uma biblioteca pública para facilitar o acesso deles ao conhecimento.
Uma vez por ano o município organiza a Copa Vela e aqui mesmo finda o lazer, no esporte as ações são inócuas, e o resultado é o que se tem: muitos tragados pelo universo sem volta das drogas.
O primeiro passo sempre começa com a educação. Por isso a iniciativa da professora Elizabeth Soares (Sociologia) do colégio Luís Eduardo Magalhães, em levar os alunos para acompanhar a sessão ordinária da Câmara Municipal é louvável e importante.

Os meninos e meninas que compareceram ficaram atentos a tudo – tiveram comportamento exemplar – gravaram, fotografaram, em alguns momentos riam, mas é sabido que é bem melhor rir do que chorar – e esse é um caminho.
A professora falou ao Portal PA4, sobre a participação dos estudantes na sessão de hoje:
“Para que eles possa interagir na área social, saber o que está acontecendo, eles veem de povoados circunvizinhos e isso fortalece o grau de política e problemas sociais em nosso município.”
A senhora acha que existe desconhecimento da importância da política por parte dos jovens?
Há. Nós tentamos fazer isso em sala de aula contextualizando o conteúdo voltado para o mundo contemporâneo, assim como hoje (…) para que eles tenham uma visão geral do que acontece no dia a dia de cada um.
Os jovens se interessam por política?
Alguns sim. Outros não. Mas seria importante que eles se interessassem para saber como anda o nosso país, o trabalho de cada político, como eu digo a eles, política é um todo, não é só politicagem, mas o social.
Como formadora de opinião o que a senhora acha da situação política no município?
Precisa melhorar muito. Que as pessoas busquem cada situação diferenciada, precisam intervir nas questões sociais, há muita necessidade disso em todas as áreas: intervenção política e social com toda a população.