‘Trocar seis por meia dúzia não responde à voz das urnas’, avalia comentarista

Na manhã de hoje (9), em seu prosaico programa matinal, o apresentador Jota Matos travou uma discussão com seu repórter Gil Leal, porque discorda que descolar secretários de uma para outra secretaria seja reforma administrativa, e ainda ponderou. ″Será que não entenderam o recado das urnas?″.

A bem da verdade, a maioria dos votos válidos, se considerar quem não votou em Luiz de Deus, lhe foi contrária. Neste ponto é preciso concordar com o apresentador. Se se tira um secretário porque não conseguiu desenvolver bem a função, ou porque se quer dá oportunidade a outra pessoa, ou melhor: tentar melhorar, deslocá-lo para outra pasta é só levar o serviço ruim para outra área.

O apresentador foi por este caminho quando informado pelo repórter que quem hoje está numa função vai para outra. ″E porque sai não serve mais?″ questionou Gil, no que teve a resposta. ″Isto não é reforma, e sim trocar seis por meia dúzia″.

O burburinho em torno do tema é unicamente porque ninguém sabe o que Luiz de Deus fará, a não ser o próprio, que a poucos dias de assumir não dá entrevista, nem adianta como e com quais peças vai administrar R$ 250 milhões – Orçamento que será aprovado pelo Legislativo na próxima segunda-feira (12).

Some-se a isto os desafios de desenvolver o município no que tange ao turismo para tentar gerar empregos nesta área e diminuir a grande população desempregada, sem contar no serviço público prestado que, não avançou nos últimos anos em qualidade, principalmente a área rural onde moradores passam privações de água, do lixo nas ruas, na saúde… enfim, não faltam problemas para o gestor que seu predecessor não conseguiu resolver.

Nunca é demais lembrar a Luís de Deus que concurso público não é pecado. Ao contrário, se houver justiça para a causa, é simplesmente inescapável ao governo dele.