Vereadores fazem o último discurso do ano: alfinetadas e exageros ‘vamos morrer pelo povo’

Os parlamentares de Paulo Afonso se despediram do 1º ano desta legislatura e, como sempre acontece no balanço final, alguns acharam por bem se desculpar por possíveis vacilos; elogiar os colegas fazendo um mea-culpa, mas também tiveram espaço discursos arrogantes, prepotentes, mentirosos e demagogos.

Confiram trechos dos pronunciamentos desta segunda-feira 11, na última sessão ordinária do ano:

Zé de Abel (PSD), ‘foi a minha primeira vez’

Depois de ter afirmado na sessão da última segunda 04, que seu papai fizera o exame de próstata a contragosto [doutor, não tem outra maneira?, perguntou ele ao urologista, e sabendo que não, respondeu: ‘verás um vei macho’], e de tê-lo recomendado aos colegas, Zé de Abel pediu desculpas por algum deslize que cometeu neste seu primeiro mandato: “Se tiverem alguma queixa de mim, me desculpe, às vezes é o jeito de falar, mais quero dizer a vocês que estou satisfeito e que fiz meu papel, procurei atender a todos que me procuraram e vamos nos preparar para os três anos que vamos ter daqui para a frente.”

Segundo Zezinho do INSS (Podemos), ‘a inveja levará muitos para o satanás’

Em seu culto habitual, o vereador Zezinho do INSS falou de Deus, dos discípulos Pedro, Tiago e João e, como também não esquece, do satanás que deve estar satisfeito com tanta imoralidade, segundo o parlamentar: “Pedro o que estás sentindo que estás agoniado?, disse Zezinho, emendou: ‘Senhor estão me assaltando, depois Jesus foi até Pedro e disse: ‘Perdoe esses coitados que não sabem o que é que dizem’, essa interpretação livre dos Evangelhos, Zezinho usou para alfinetar Mário Galinho (SD): “Inventam mentira com Alexei e com Anilton, uma das mentiras piores que tem, de corrupção que não sei do quê, vão arrumar o que fazer e dizer a verdade.”

Pedro Macário reconheceu: “foi uma passeatazinha, mas valeu pelas assinaturas”

O vereador pepista Pedro Macário reconheceu em seu discurso, na Tribuna da Casa, que a marcha pela derrubada dos 80 por cento da tarifa de esgoto cobrados pela Embasa foi murcha, por assim dizer, chamo-a de ‘passeatazinha’, tanto foi assim que o vereador Mário Galinho (SD) sem ter como faturar em cima das circunstâncias, culpou a imprensa dizendo que ‘fizeram chacota’; Macário, maduro e ponderado, pelo menos ressaltou as mais de 10 mil assinaturas colhidas nos dias de barulho. “Não tenho medo de críticas, contanto que sejam coerentes, durante todo esse período cumpri minha missão, quero registrar o meu agradecimento à população pelas assinaturas e vimos o apoio dos comerciantes.”

“Não aceito coleira, por isso perdi”, analisa Jean Roubert (PTB)

O vereador Jean Roubert que certamente é um dos melhores em muitos anos no Legislativo pauloafonsino, passou por maus bocados este ano, sem ter interlocução com o Executivo e tendo que defendê-lo em vários assuntos que surgiram ao longo do período que ficou como líder de bancada. Acabou sendo ceifado do cargo pelo prefeito Luiz de Deus (PSD) e, ainda assim, permanece com o grupo. Porém, de forma indireta, Jean é cada dia mais ácido em criticar a postura dos colegas de bancada, hoje, em seu discurso de análise do seu primeiro ano, mais uma vez foi duro: “Nós somos representantes do povo e merecemos respeito, não se dobre, seja um parlamentar por excelência, defenda os seus ideais com princípios e fundamentos (…) eu não me conformo com o silêncio dado como resposta, isso é inadmissível, vamos morrer, mas morrer lutando, não vamos aceitar é que nos coloque coleira!”

Logo mais teremos outro post com os demais desabafos!